Não foi à toa que Nílton Santos falou em uma entrevista quando parou de jogar futebol: "Nós tínhamos um timaço, mas contra o Vasco não havia jeito. Podiam entrar com onze cabos de vassoura em campo vestidos com a camisa do Vasco que nós não ganhávamos". A frustração do grande lateral alvinegro levou-o a cometer o exagero dessa metáfora. Porém o fato que ela encerra não é nenhum exagero: Vasco x Botafogo é a maior freguesia dos clássicos cariocas. Mesmo quando o Botafogo teve o seu melhor time, com seus decantados craques como Garrincha, Nílton Santos, Didi, Quarentinha e outros, continuou freguês do Vasco.
Examinemos, por exemplo, a participação de Garrincha, considerado o segundo maior jogador de todos os tempos depois de Pelé, ou, na opinião de alguns, o maior de todos, melhor até que o Rei: Foram 37 partidas entre Vasco e Botafogo com Garrincha em campo, de 1953 a 1965. O Vasco ganhou 20 partidas, empatou 7 e perdeu 10. A primeira foi realizada em 22 de agosto de 1953, com a vitória do Vasco por 4x1. A última foi a decisão da primeira Taça Guanabara, em 5 de setembro de 1965, que Vasco venceu por 2x0.
Depois que Garrincha deixou o Botafogo, continuou levando desvantagem nos confrontos contra o Vasco. No Corinthians, Garrincha jogou apenas uma partida contra o Vasco, em 1966, com a vitória cruzmaltina por 3x0. No Flamengo também uma partida, em 1968, com a vitória vascaína por 2x0.
Conclusão: o Anjo de Pernas Tortas durante sua carreira foi um grande freguês do Vasco.